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Sociedade Columbófila de Rio Tinto

 

FUNDAÇÃO

16-05-1930 

 

 

 

HISTÓRIA DA CIDADE DE RIO TINTO

     Existem muitos testemunhos procedentes do período Neolítico, que prova da ocupação humana no Norte de Portugal. Bem próximo de Rio Tinto, situam-se monumentos deste período, com destaque para a grandiosa Citânia de Sanfins em Paços de Ferreira.
     A existência de condições favoráveis à fixação humana (solos férteis, abundância de água, proximidade de um grande rio - o Douro e a sua foz certamente terão sido um motivo forte de atracção de populações e de intercâmbio com outros povos.
     Um documento do século XII refere-se ao lugar como sendo vizinho de Castrum Amai, em território portucalense. Nesse século a terra terá pertencido ao alcaide Mendo Estrema, rico-homem de Gondomar, defensor de Évora, na altura da invasão árabe de 1191. No lugar, existia um convento de Agostinhas, fundado em 1061. Este convento recebeu uma parte da herança do alcaide.


     Nos tempos da reconquista cristã, em Portugal, o alcaide era uma magistrado, de origem nobre, nomeado pelo rei, que desempenhava funções militares numa cidade ou vila sede de município, residindo da mesma. D. Afonso Henriques procurava desta forma recompensar nobres ou, pelo contrário, mantê-los satisfeitos e evitar contestações à ordem política, através da concessão desta magistratura e respectivos rendimentos.


     D. Afonso Henriques foi protector do convento, dando-lhe foro de Couto a 20 de Maio de 1141. Este foro foi renovado pelos monarcas posteriores. Naquela altura, As doações de couto, frequentes entre os séculos IX e XIII, como expressão senhorial, implicavam o privilégio da proibição de entrada de funcionários régios (juízes, meirinhos, mordomos, etc.) na terra coutada. As cartas de couto podiam ser concedidas pelo Rei (como recompensa de serviços ou necessidade de povoamento) a nobres ou eclesiásticos e pelos senhores da terra ou pela Igreja, dentro dos seus domínios.
    
Actualmente nada resta do mosteiro de Agostinhas. Sabe-se que foi extinto a 6 de Janeiro de 1535, ficando com os seus privilégios o mosteiro beneditino de Avé Maria no Porto. Os bens do mosteiro de Rio Tinto e a importância da comunidade foram sempre de grande relevância, apesar da enorme quantidade de membros da família patronal de que dependiam que em 1311 era de 515. É muito provável que este mosteiro tenha fornecido o principal contingente de religiosas para a abadia de S. Bento da Avé Maria do Porto, que começou a ser construída em 1518 iniciando a vida regular em 1535, com as religiosas do mosteiro de Rio Tinto, Tuías, Sandim e Tarouquela. Com a criação deste novo mosteiro, o de Rio Tinto passou a constituir uma dependência do anteriormente referido.   

     O couto de 20 de Maio de 1141 englobava as seguintes aldeias: Vila Cova, Ranha, Rebordãos, Quintã, Triana, Portela, Areosa, Pinheiro, Gesta, Brasoleiro, Forno, Santegãos, Carreiros, Medancelhe, Casal, Lourinha, Sevilhães, Perlinhas, Ferraria, Vendas Velhas, Vendas Novas, Cavada nova, São Sebastão, Vale de Flores, Soutelo, Mendalho, Amial e Mosteiro. Rio Tinto foi sede de concelho de 26 de Junho de 1867 a 14 de Janeiro de 1868 e era composto por 7 freguesias. A meio da década passada voltou a ser vila, agora com duas freguesias - Rio Tinto e Baguim do Monte.

 

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