História

 

Fundada em 25 de Novembro de 1952, graças à dinâmica e pertinácia do columbófilo Germano Tavares, que teve a arte e o engenho de aglutinar à sua volta, um conjunto de columbófilos e boas vontades capazes de ultrapassar os entraves e burocracias muito próprios da época, a hoje Associação Columbófila de Esgueira recebeu a designação social de SOCIEDADE COLUMBÓFILA DA CASA DO POVO DE ESGUEIRA, e era à ocasião, tal como nome indica, uma secção da Casa do Povo, passando a reger-se pelo Estatuto Único da Federação Portuguesa de Columbofilia.

Alojada num exíguo espaço de rés-do-chão, onde faltavam as condições mais elementares, a S.C.C.P. Esgueira viveu tempos difíceis, só ultrapassados pela dedicação dos seus dirigentes e associados, que muitas campanhas a fio praticaram a columbofilia sem atribuição de troféus para disputa nos seus campeonatos, ou quando os havia, era graças à sua cotização.

A homens como Damião Cosme, Filinto Feio, João Borralho, Lemos de Sá, João Correia, Germano Tavares, e muitos outros que se lhe seguiram, devem os columbófilos de Esgueira a sua gratidão, pelo carinho, militância e saber, com que souberam, em circunstancias tão difíceis, conduzir os destinos da colectividade, que criaram e fizeram crescer. 

Na década de oitenta, de acordo com o então regulamentado, obrigando a que as colectividades columbófilas fossem autónomas e sem dependências das casas do povo, a colectividade adoptou então a designação de “SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE ESGUEIRA”, permanecendo todavia nas instalações onde até então vivera.

À medida que a colectividade foi crescendo mais se foram tornando visíveis as carências, sendo que era crescente a confusão nos encestamentos, com columbófilos a amontoarem-se e cestos com pombos na via pública, quantas vezes, em dias de grande intempérie.

Era tempo de dar os primeiros passos rumo a uma nova sede, e assim foram iniciadas as primeiras negociações junto da C.M. de Aveiro, à altura presidida pelo Dr. Girão Pereira, enquanto a Direcção da S.C. de Esgueira, era coordenada por Manuel Pereira.

Paralelamente e porque começaram a surgir as primeiras suspeitas de que a direcção da casa do povo se preparava para exigir a saída do espaço ocupado, o que veio a acontecer por decisão da sua Assembleia-geral em 14 de Janeiro de 1994, a Direcção resolveu criar uma nova colectividade, devidamente organizada, com estatutos próprios, onde todos os valores, materiais, humanos e desportivos foram integrados, mantendo os associados a sua antiguidade e a colectividade o seu N.I.F. de origem (233), graças ás diligências feitas junto da F.P.C., então presidida por Gaspar Vila Nova, que se mostrou inexcedível na compreensão e na colaboração.

Diferida pelo R. N. de Pessoas Colectivas a designação social de “ASSOCIAÇÃO COLUMBÓFILA DE ESGUEIRA”, a Colectividade fez a sua escritura notarial no cartório de Aveiro no dia 10 de Março de 1994, tendo como testemunhas: Manuel Pereira, António José Rodrigues, José Moreira de Almeida e Silva, David Ferreira Cruz, Fortunato Esteves Pinho, António Manuel Nazaré, Fernando Nunes da Silva, Joaquim Avelino Gomes de Barros, Maria de Fátima Maurício Pereira, Fernando Gomes de Oliveira, José Manuel Carvalho Martins, Eduardo Silva, Carlos Manuel Rodrigues de Almeida, Manuel da Silva Paula, José António Dias de Almeida, João Manuel Silva, Francisco Dias Pinto e Manuel Martins de Oliveira.

Após longas negociações com a C.M.A. surgiram as primeiras certezas já com o Professor Celso Santos à frente daquela edilidade. A solução passaria pela recuperação de uma habitação, situada em Agras do Norte, o que efectivamente veio a acontecer em Agosto de 1995, por administração directa da Direcção da A.C.E., já que de outro modo nenhuma solução se augurava.

A nova sede, não sendo luxuosa, passou todavia a ter as condições essenciais para que a parte desportiva se separasse da parte social.

Dotada de um amplo pavilhão destinado às operações de encestamento e abertura de relógios, possui separadamente mais cinco salas, sendo duas destinadas a convívio e as três restantes a secretaria, conselho técnico e direcção, apoiadas por um pequeno bar, destinado exclusivamente a associados.

Com novas condições a A.C.E. foi crescendo e equipando os seus serviços, possuindo hoje a informática indispensável e viatura própria devidamente equipada para transporte dos pombos dos seus associados, aos locais de concentração e solta, a quando da realização do seu calendário de treinos.

A Associação Columbófila de Esgueira é uma colectividade aberta, interventiva e participativa na vida social. Não raramente levando os seus convívios fora de portas, de modo a que todos os seus associados possam estar em movimento.

 Ocupa o seu lugar nas comissões de freguesia e no conselho consultivo do desporto, sendo frequentemente solicitada a dar a sua participação nas mais variadas actividades levadas a cabo pelas autarquias, escolas e outras entidades.

A nível desportivo e com uma média de 65/70 concorrentes, a A.C.E. prima pelo carinho que dispensa às suas columbófilas e orgulha-se de ser pioneira, e provavelmente única, na organização do seu “Campeonato Feminino”, o que vem acontecendo há longos anos, dando assim o destaque e justo valor, àquelas que, quase sempre, são as grandes obreiras, na sombra dos campeões.

 

           

Sede Social

 


Camioneta de transporte de pombos, devidamente equipada.